quarta-feira, 29 de junho de 2011

Equilibrium

Filmes futuristas carregados em ficção científica é o que não falta. O diferencial do filme Equilibium (2002) de Kurt Wimmer é o efeito que ele tem nos espectadores. 

Depois da Terceira Guerra Mundial, decide-se que o que causou tanta violência foi a natureza humana, então, torna-se contra a lei qualquer forma de sentimento. Vivendo em regime totalitário, a cidade é constantemente lembrada pelo "Pai" sobre os malefícios que a sociedade cercada de emoções tinha através de gravações que repetem todo o tempo em todo lugar  por telões. Para que não sentissem, ele obrigava todos a usarem doses de Prozium, uma substância que inibia os sentimentos. Havia ainda, para controle da população, uma espécie de exército para rastrear os chamados criminosos. Pessoas especializadas em detectar qualquer emoção exerciam os cargos mais altos do denominado Clero. 

Neste contexto, um homem importante do Clero, John Preston, acaba se tornando parte da resistência ao experimentar uma manhã sem a dose. A manhã se torna a tarde, que se torna dias. Amor, culpa, tristeza, alegria, prazer. A idéia de não experimentar nenhuma dessas sensação é quase inimaginável. Não poder apreciar uma boa música muito menos. Assim, John Preston tenta libertar a sociedade, que a este ponto já está alienada. Todos com os mesmos empregos, sem ambições, sem questionamentos, nada. 

A resistência já está arquitetada para derrubar o poder do Pai, só faltava uma peça: John Preston. O objetivo é eliminar o Pai e logo depois explodir todas as fábricas de Prozium deixando de fornecer a substância nem que seja por um dia. Depois disso, a natureza humana faria o resto. Motivado pelo ódio, Preston segue o plano.

Pode não ser um filme digno de Oscar de melhores efeitos especiais, mas com elementos de ação, drama e, claro, romance, o filme desperta nos espectadores algumas questões. O sentir se torna tão presente no cotidiano que nem sempre é apreciado como deveria. As pequenas coisas como família, um carinho, uma música às vezes passam desapercebidos. Ter tudo acaba se tornando prejudicial. 

Por Thamires Clair Duarte

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