Um elefante branco, literalmente |
Um elefante branco, uma metáfora |
Pensa comigo, se eu alugo um espaço para 20 pessoas, pagando 100 reais e cobra de cada um entrada de 5 reais para arcar com o espaço, mais só duas vão, ou seja, só consigo 10 reais para cobrir aqueles 100 reais investidos. Faz sentido? Nenhum. E esse é o grande problema da Arena Amazônia, como pagar por ela.
O legado de Manaus é o mais preocupante por esse motivo. A revista Placar em janeiro de 2011 deu a esse quesito o conceito 'exige atenção' e para viabilidade financeira, 'preocupante'. Segundo a revista, o "estádio será inteiramente pago com dinheiro público" e que "o alvo investimento na construção do estádio dificilmente será recuperado".
O planejamento do estado é ter pelo menos um time do Amazonas nas principais divisões, séries A e B, "nossa primeira preocupação é que tenhamos uma equipe do futebol amazonense até a Copa de 2014 despontando no cenário brasileiro" afirmou a SEJEL ao Lab F5. É uma solução, se lembrarmos do São Raimundo na série e o público médio de 11 000 pessoas, chegando a 20 000 pessoas em clássicos, como contra o Paysandu, por exemplo.
Mas as perspectivas são boas, uma entrevista feita pelo Lab F5 com algumas pessoas, que gostam de futebol, mostra a vontade de irem ao estádio, pois todos responderam que irão ao novo estádio com mais frequência. O preocupante é que nenhum torce para um time do Amazonas, e nenhum frenquetava o estádio antes. O que torna mais necessário transformar os jogos em algo que as pessoas queiram ir.
É para ficar de olho. É uma grande quantidade de dinheiro, nosso, que pode ser investido em um mau negócio, em um bicho que ninguém quer ter como o animal de estimação, o tal do elefante branco.
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