Por José Carlos Lazanha - Especial para o LabF5
O primeiro jogo de futebol realizado em Portugal ocorreu em outubro de 1888 na cidade de Cascais e foi organizado pelos irmãos Pinto Basto - Eduardo, Frederico e Guilherme - jovens entusiastas deste “sport”.
No entanto somente em 1910, se utilizou a bola, isso porque um dos irmãos que trouxera em 1884 para Portugal, as regras do jogo inventado pelos ingleses, as medidas da cancha e das balizas, havia esquecido, ao retornar para a "terrinha", a pelota, que deveria ser usada na ocasião, numa velha arca de roupas e livros no quarto do alojamento da universidade em que havia estudado no pais bretão. Portanto, Portugal, muito antes de outros países, se antecipou nas táticas futebolísticas inventando o futebol jogado sem a bola. Quatro anos depois, disputou-se novo jogo, desta vez com a bola, entre uma selecção dos grupos que se exibiram em Cascais e outra equipa formada por rapazes que trabalhavam no porto. Essa partida encerrou-se sem golos. A partida seguinte, novamente se repetiu o placar, assim como as 129 partidas seguintes o que levou a Federação Internacional de Futebol Associados (FIFA) a enviar uma comissão para apurar qual o mistério que envolvia a ausência de golos nas contendas em Portugal.
O que foi descoberto para a não ocorrência dos tentos nas partidas estava na forma como as redes estavam montadas nas balizas; ao invés de estarem colocadas para fora do campo, foram colocadas invertidas, ou seja, para dentro do campo.
Solucionado pequeno problema técnico com a inversão da colocação das redes, os golos começaram a acontecer. Muitas das partidas encerravam-se com placares dilatados como 5 X 5, 15 x 15, 20 X 20, 50 X 50, etc. Ocorreu que a maioria dos golos marcados eram assinalados contra as equipas, pelos seus próprios jogadores, pois os gajos achavam mais fácil, que cruzar todo campo para chutar a pelota na meta adversária, era ir até sua baliza e vencer seu guarda-valas. Outros anti-golos eram assinados pelos próprios guarda-valas (goleiros) quando após realizarem defesas difíceis, iam até dentro de suas metas com a bola defendida para apanhar uma toalha para limpar o suor ou o seu terço para agradecer a Deus pela defesa.
Depois de devidamente esclarecidas às regras do jogo aos patrícios adeptos do futebol, surgiu um novo problema; a bola, por ser redonda ela era muito rápida para eles (parecido com a jabulani) e não permitia aos praticantes concluir suas jogadas adequadamente, prejudicado mais ainda pelo facto das balizas serem confeccionadas com sarrafos de perfil quadrado e os jogadores se utilizarem de tamancos ao invés de sapatas de desporto (chuteiras).
A solução encontrada foi à adoção, pelo futebol lusitano, de uma bola quadrada, que por motivos óbvios, foi vetada pela FIFA, quando da realização de uma partida internacional alguns anos após, com a Selecção da Espanha, mesmo depois de muito ser utilizada e aprovada pelos patrícios. Da mesma forma houve a proibição de serem utilizados tamancos de madeiras no lugar das chuteiras. E depois disso, uniformizados os entendimentos das regras do esporte bretão, começou-se a disputar muitos desafios, como assim eram definidas as partidas de futebol em Portugal, e dessa forma, essa atividade desportiva captava mais e mais adeptos na santa terrinha. Todos os rapazolas queriam experimentar a sensação de dar um pontapé numa bola fosse ela redonda ou quadrada e começaram a surgir grupos e mais tarde, os primeiros clubes.
O primeiro Clube de futebol português foi o Malfica (1889), que teve origem no Colégio de Lisboa, pouco anos depois, como o nome não conseguiu uma boa aceitação dos adeptos que o associavam como sendo o motivo da falta de qualquer resultado positivo da equipa. Assim resolveu-se mudar o seu nome para Benfica, o que não garantiu uma melhora nos resultados, mas como já se havia mudado o nome, deixaram ficar do jeito que estava até hoje.
A seguir aquele grupo de rapazes e rapazolas que trabalhavam no porto de Cascais se juntaram ao Club Sport Português para fundarem o Clube do Porto, cujo nome foi reivindicado pelos adeptos da Cidade de mesmo nome, e essa disputa somente foi dirimida em um desafio entre as duas equipas que durou cerca de três dias, pois foi disputado em um campo onde, por engano, montou-se as redes invertidas, se usou a bola quadrada e todas os jogadores utilizaram tamancos de madeira no lugar de chuteiras.Como os Golos não saiam, a equipe de Cascais abandonou a cancha, alegando cansaço extremo, dando assim a vitória, por abandono, a Equipa da Cidade do Porto, o qual adotou esse nome até hoje.
Além do Futebol sem bola, Portugal trouxe muitas outras novidades para o esporte, inclusive a que foi adotada nesta Copa da África do Sul, que é o treino secreto aberto ao público.
O assessor de imprensa da selecção de Portugal procurado a fim de esclarecer sobre tal facto, afirmou que, em nenhum momento, existiu o malfadado treino secreto aberto ao público e, na verdade, isso foi uma forma de se manter o sigilo e não se permitir que a imprensa, espiões adversários e os torcedores pudessem ver as suas jogadas ensaiadas secretas, que inclusive estão disponíveis no sitio da internet da Federação Portuguesa de Futebol. Finalmente, para que fosse garantido que não houvesse nenhuma informação vazada para seus adversários, o assessor de imprensa da Seleção portuguesa deixou claro que foram colocadas no campo, placas com a seguinte mensagem:
“A selecção que está a treinar nesta cancha não é a de Portugal. Se queres saber onde a selecção portuguesa está treinando perguntes ao senhor guarda ou ao senhor chefe da nossa comissão que está no banco juncto ao Sr. Treinador Carlos Queiroz, que se encontra na linha de lateral, prelectando orientacções tácticas para o Deco e ao Cristiano Ronaldo.”
O autor do artigo é um pseudo estudante de comunicação e traductor do português de Portugal para o do Brasil e vice e versa.
