Quem acredita
que um simples happy hour pode parar as vias de uma cidade? Em uma pesquisa
realizada em Redes Sociais, 6 a cada 10 pessoas acredita que não, mas... Será?
A cada ano
cresce o número de amazonenses que frequentam festas em postos de gasolina. O
local é ponto de encontro de amigos dispostos a curtir a noite e aproveitar o
espaço para conversar, beber e ouvir música, características de qualquer outro
happy hour. O que muita gente não sabe é que esse hábito está atrapalhando o
trânsito e a vida de muitas pessoas.
A procuradora
de Justiça, Jussara Pordeus, ficou presa em um engarrafamento ao deixar uma
amiga no aeroporto: “Escolhi ir pela Estrada do Turismo por ser uma via de
trânsito rápido e próxima à minha casa. No entanto, para a minha surpresa,
fiquei 30 minutos parada! As três vias estavam ocupadas por carros devido a uma
festa no Posto de Gasolina próximo do local. Por muito pouco minha amiga não
perdeu o voo”.
Em 2006, o
então governador do Amazonas Eduardo Braga, assinou a Lei n 2.958 que proíbe o
consumo de bebidas alcoólicas dentro de postos e lojas de conveniências.
Segundo a publicação do Diário Oficial do Estado de 07/07/2006, a proibição é
para prevenir “criminalidade, acidentes e propagação da comercialização de
drogas lícitas e ilícitas” e deve ser fiscalizada diariamente por funcionários
da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
O estudante de
engenharia A.A.*, 21, frequenta happy
hours em postos de gasolina há 3 anos. Segundo ele, seu grupo de amigos nunca
foi abordado por nenhum funcionário do Estado: “Nunca pediram para que
saíssemos, o máximo que nos aconteceu foi um funcionário do próprio posto pedir
para que baixássemos o som porque estava com dor de cabeça”.
A Lei Estadual
prevê ainda que, após receber a notificação, o proprietário do estabelecimento
e o consumidor têm até 10 dias para apresentar defesa. O valor da multa varia
entre R$ 10,641 e R$ 106,41.
* O entrevistado pediu pra não
ser identificado.
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