quinta-feira, 30 de junho de 2011

Festas em Postos de Gasolina criam engarrafamentos em Manaus

Por Mariana Lima



           Quem acredita que um simples happy hour pode parar as vias de uma cidade? Em uma pesquisa realizada em Redes Sociais, 6 a cada 10 pessoas acredita que não, mas... Será?
A cada ano cresce o número de amazonenses que frequentam festas em postos de gasolina. O local é ponto de encontro de amigos dispostos a curtir a noite e aproveitar o espaço para conversar, beber e ouvir música, características de qualquer outro happy hour. O que muita gente não sabe é que esse hábito está atrapalhando o trânsito e a vida de muitas pessoas.
A procuradora de Justiça, Jussara Pordeus, ficou presa em um engarrafamento ao deixar uma amiga no aeroporto: “Escolhi ir pela Estrada do Turismo por ser uma via de trânsito rápido e próxima à minha casa. No entanto, para a minha surpresa, fiquei 30 minutos parada! As três vias estavam ocupadas por carros devido a uma festa no Posto de Gasolina próximo do local. Por muito pouco minha amiga não perdeu o voo”.
Em 2006, o então governador do Amazonas Eduardo Braga, assinou a Lei n 2.958 que proíbe o consumo de bebidas alcoólicas dentro de postos e lojas de conveniências. Segundo a publicação do Diário Oficial do Estado de 07/07/2006, a proibição é para prevenir “criminalidade, acidentes e propagação da comercialização de drogas lícitas e ilícitas” e deve ser fiscalizada diariamente por funcionários da Secretaria de Segurança Pública do Estado.
O estudante de engenharia  A.A.*, 21, frequenta happy hours em postos de gasolina há 3 anos. Segundo ele, seu grupo de amigos nunca foi abordado por nenhum funcionário do Estado: “Nunca pediram para que saíssemos, o máximo que nos aconteceu foi um funcionário do próprio posto pedir para que baixássemos o som porque estava com dor de cabeça”.
A Lei Estadual prevê ainda que, após receber a notificação, o proprietário do estabelecimento e o consumidor têm até 10 dias para apresentar defesa. O valor da multa varia entre R$ 10,641 e R$ 106,41.

* O entrevistado pediu pra não ser identificado.

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