quinta-feira, 28 de abril de 2011

25 de Março manauara

por Mariana Lima


Quem nunca comprou algo na conhecida rua dos camelôs e orientais no centro de São Paulo que atire a primeira pedra! A Avenida paulistana 25 de março, tão procurada por vendedores autônomos e pessoas em busca de preços baixos, parece está mais perto do que nunca de Manaus.

O vereador Joaquim Lucena (PSB), afirmou em tribuna na última segunda-feira (25) que havia recebido denúncias de trabalhadores autônomos, comerciantes do Centro e funcionários da Secretaria Municipal de Produção e Abastecimento (Sempab) responsável pelo cadastramento dos ambulantes, que empresários chineses de São Paulo estariam investindo no comércio popular de Manaus. Segundo ele, os boxes concedidos pela Prefeitura aos camelôs estão sendo vendidos por R$30 mil: “Os chineses estão invadindo a cidade. Aqueles que não conseguem comprar os estabelecimentos alugam o espaço para colocar seus produtos ilegais”, afirma.

No início de abril, a prefeitura publicou em Diário Oficial que seria construído um novo camelódromo. Dezesseis propriedades próximas ao complexo Bothline estão sendo desapropriadas para a construção do empreendimento para que, posteriormente, seja aberto o processo de licitação para escolher a empresa privada responsável pelo Camelódromo.

Lucena acredita que o interesse dos chineses está na construção do novo shopping popular, que seria transformado em prédios comerciais como a Galeria do Pajé localizado no Centro de São Paulo recentemente fechado pela Polícia Federal por vender produtos falsificados.

O presidente da associação dos camelôs, Raimundo Sena, afirma desconhecer a venda dos pontos comerciais: “Nós sabemos que há chineses em Manaus, eles estão aqui a muito tempo. Recentemente o número cresceu devido o fechamento de prédios da 25 de março. Eles estão se espalhando pelo Brasil e Manaus é uma das capitais escolhida por eles. Nós não sabemos de venda de boxes, sabemos apenas que os camelôs vendem os produtos da China”, completa.

Os ambulantes enfrentaram grandes lutas durante sua instalação. No inicio da década de 90 o então prefeito, Artur Neto, retirou dezenas de camelôs com intuito de reestruturar o centro da cidade. O prefeito Amazonino Mendes, sucessor de Artur, concedeu cadastros aos ambulantes que voltaram as ruas da capital.

Recentemente foi anunciada a construção de shoppings populares como tentativa de regulamentar e controlar essa prática. A organização do centro da cidade é uma das exigências do Comitê de Organização da Copa de 2014 para a realização de jogos na capital Amazonense.

FOTO: GOOGLE

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