segunda-feira, 4 de abril de 2011

A água e a sua insignificância


A água é um dos recursos naturais fundamentais para a realização de diversas atividades humanas e para a vida em geral. Mas, parece que seu grau de importância, não está sendo levado a sério, devido ao grande descaso de interesse com relação a sua preservação, mesmo havendo inúmeras previsões relativas à sua escassez.
Creio que todo esse descaso, esteja aliado a visão que o brasileiro possui de abundância, já que o Brasil possui 13% das reservas de água doce do planeta, e essa visão de abundância, favoreceu ao desenvolvimento de uma consciência de inesgotabilidade.
O fato é que devemos economizar sim, independente se possuímos ou não o maior reservatório do planeta. O pensamento deve estar no futuro, onde estarão vivendo nossos netos, bisneto e tataranetos.
Deve ser de consciência de todos, que a falta de água traz como efeito à seca, que possui diversas faces dependendo da ótica da observação. A mais comum é a seca climatológica, que desencadeia o processo, seguida da seca das terras e a conseqüente seca social, com os respectivos danos e mazelas causados. A seca hidrológica representa a falta de água nos reservatórios e mananciais.
Mas como podemos evitar tal desperdicio? Coisas simples podem ser feitas, como fechar a torneira enquanto se escova os dentes, e se faz à barba; evitando vazamentos; tomando banhos rápidos, e fechando o chuveiro enquanto se ensaboa, pois um chuveiro ligado durante 10 minutos, jorrando água sem parar, gasta em média 10.000 litros de água; evitando torneiras que pingam, dados informam que: uma torneira que pinga lentamente gasta em média 400 litros/mês, uma que pinga em velocidade alta, gasta em torno de 1.000 litros/mês, e uma que fileta, gasta em média 6.500 litros/mês; entre outros.
Mas devemos lembrar também, que essa provável falta de água para a população possa se dar por outros motivos, e não apenas pelo desperdício de água.
 Esse problema pode estar ligado a fatores qualitativos, ocasionados pela disposição inadequada de lixo. A poluição da água, ocasiona na não utilização da mesma para consumo imediato e dependendo do grau de poluição, pode tornar impraticável o tratamento, tanto em termos técnicos quanto financeiros. E são diversas as atividades humanas que contribui para tal poluição. Na agricultura, por exemplo, a utilização de defensivos químicos sem controle, afeta o meio ambiente e a saúde humana. Os diversos produtos comprados livremente e descartados em lixos comuns, sem a menor preocupação ou responsabilidade, como pilhas, baterias, celulares, lâmpadas, garrafas Pet, pneus, pontas de cigarro e outros, acabam parando em leitos de rios, e mares. Desencadeando uma serie de outras conseqüências, além da poluição das águas, a destruição do habitat de outros seres vivos.
O consumo sustentável segundo o Relatório de Brundtland, 1987, é efetivo quando usamos os recursos naturais para satisfazer nossas necessidades, sem alterar as necessidades e aspirações das gerações futuras.
A relação do homem com o meio ambiente, baseada no indesejável tripé do descomprometimento, inesgotabilidade e irresponsabilidade, poderá consumar as previsões mais catastróficas quanto à escassez dos recursos naturais, sobretudo da água, inviabilizando dentro de poucos anos, a vida na Terra. Portanto, é fundamental a substituição por uma visão fundamentada nos princípios da sustentabilidade, racionalização e responsabilidade, dentro da qual, somos parte integrante do meio ambiente e, responsáveis pela proteção e pela elevação da qualidade de vida no Planeta no qual vivemos. 

Por Rianna Carvalho.

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