quinta-feira, 23 de junho de 2011

Fortes chuvas causam transtorno para o comércio nas áreas próximas ao Igarapé do 40 no bairro Japiim

Devido às fortes chuvas que caem sobre a cidade de Manaus no mês de Abril e começo de Maio a Defesa Civil da cidade tem respondido a vários telefonemas a respeito das alagações que surgiram nas áreas próximas ao Igarapé do 40 que ocorrem devido à obra que o Programa Prosamim - Programa Social e Ambiental dos Igarapés de Manaus esta realizando nas áreas.  Alguns dos bairros atingidos são São Lázaro, Cachoeirinha e Japiim na zona sul de Manaus.
“Quando os engenheiros vieram aqui eles estreitaram o igarapé então ficou parecido com um funil e agora qualquer chuva esta causando um transtorno pra a gente, eu já perdi todos os móveis da minha casa sem falar no prejuízo do meu comércio e isso só começou a acontecer depois da obra do Prosamim, a água costumava a ficar alta no igarapé, mas nunca chegou a ponto de transbordar como acontece agora”, desabafa Nilton de Lima de frança um dos moradores da Rua União no bairro Japim que perdeu 85% de suas mercadorias um prejuízo principalmente em alimentos que não podem mais ser comercializados devido à contaminação pela água poluída que vem do igarapé. “Fico ate desanimado para abrir meu comercio já que não é a primeira vez que isso acontece” continua a desabafar.
A região possui uma área de comercio relativamente boa para as vendas com vários restaurantes, mercearias, boutiques de roupas, lojas de estivas em geral, lava jatos e lojas de construção, todas afetadas pelo alagamento das ruas com perdas extremas de materiais e também de clientela por causa do difícil acesso por conta da lama e poeira que esta no local. Os consumidores dos restaurantes em sua grande maioria são os mais prejudicados, pois os estabelecimentos são em áreas abertas e se sentem incomodados com a poeira e sujeira que pode vir a cair em seu alimento, outra empresa que foi prejudicada foi a de materiais de construção que teve alem de suas mercadorias molhadas parte de seu equipamento de trabalho danificado como computadores e documentos importantes que não puderam ser recuperados.
“Aqui no Lava Jato tivemos prejuízos enormes com os carros dos clientes que ficaram ate a metade cheios de água, tivemos que lavar novamente os carros o muro caiu vou ter que tirar dinheiro do meu bolso para reconstruir, os materiais de lavagem estão todos destruídos ficou difícil ate para secar os carros inclusive o meu que estava aqui na garagem” afirmam os responsáveis pelo posto de lavagem Jeferson e Emerson, e continua “Soube que ali na área do DB foi feito um reajuste, ali pelo Studio 5 está tudo muito bonito  porque são áreas de grande comércio, mas aqui também existe nosso comércio importante principalmente para os moradores daqui, porque não continuaram a obra até aqui? Tenho certeza que aumentaria bastante o número de clientes” finaliza.
Fora o transtorno com os comerciantes locais temos os problemas com os que trabalham fora que no momento evitam sair de casa para irem ao trabalho com medo de deixar seus filhos em casa ou ate mesmo de voltarem e não encontrarem sua casa do mesmo jeito como já houve vários desabamentos e perdas a preocupação é bem motivada. “Como um dos alagamentos ocorreu de madrugada tomamos um grande susto ao chegar à empresa com todos os equipamentos literalmente boiando” Explica Nívia que trabalha na loja de construção em frente à ponte do Japiim.
Além dos problemas com as perdas de bens matérias que a alagação traz para os moradores das proximidades da obra, ainda podemos citar os problemas com a saúde pública devido à água poluída que sai do igarapé a qual as pessoas são obrigadas a entrar em contato na tentativa de salvar seus pertences, outro ponto forte ocorreu hoje (3) quando uma parte da ponte do jappim que corta uma área do igarapé começou a ceder trazendo preocupação para as pessoas que necessitam passar por aquela área de grande trafego que leva a Universidade federal do Amazonas-UFAM, ao Centro universitário Luterano de Manaus – ULBRA e ao Pólo Industrial de Manaus-PIM.
Por: Luryan Carvalho

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