Programa de adaptação
O grupo de estudantes africanos vai ficar um ano estudando português no programa desenvolvido pela Assessoria de Relações Internacionais e Institucionais, o Celpe-Bras (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiro) que é realizado duas vezes ao ano, uma no mês de abril e outra em outubro. Somente por meio do exame e da aprovação é que os estudantes vão poder ingressar na Ufam como graduandos. Regina Marinho alerta que os estudantes devem aproveitar esse momento e se esforçarem ao máximo para passar no exame que tem quatro níveis de proficiência: o intermediário; intermediário superior; avançado; e o avançado superior. As avaliações são feitas em dois níveis, orais e escritas. Nas duas avaliações, será exigido dos estudantes que tenham capacidade de conversão e compreensão na língua portuguesa, o que será examinado a partir de entrevista com professores, e na escrita, de elaborar textos baseados em áudio, vídeo e de textos escritos. São quatro tarefas que os estudantes terão que desenvolver nas avaliações e, para cada modalidade de avaliação, será atribuída uma nota. Regina Marinho observou que é fundamental os estudantes passarem nas duas avaliações – escrita e oral. Segundo ela, não adianta ter uma nota excelente na parte oral e não se sair bem na escrita porque o candidato não vai conseguir o certificado. “Se eles não alcançarem o nível intermediário, voltarão para seus países de origem e não terão mais possibilidade de participar no programa Estudante convênio de Graduação, (PEC-G)”, disse a professora. Os estudantes devem apresentar dedicação, grande boa vontade e paciência de vencer todos esses desafios. Atualmente, estão tendo aulas intensivas, pela manhã e a tarde com duas professoras. O tempo restante é aproveitado para os estudos. A professora Regina Marinho, destaca que neste processo existe a vantagem de que todo mundo ao redor fala a mesma língua e acrescenta que “A vontade de vencer é muito grande e vocês vêm com esta vontade de conseguir se formar aqui e voltar para seus países e contribuírem com alguma coisa. A gente tem visto alguns que já estão voltando com a conquista do Curso de graduação e até pós-graduação ”.
Assessora de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Professora Maria Regina Marques Marinho.
Estudante do Curso da Língua portuguesa para estrangeiro, da república democrático de Congo, Joseph Kalonji.
Para a estudante camaronesa Christiane Eveng, Manaus não é muito bonita se comparada a outras cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Ela conta que, quando chegou na capital, a primeira dificuldade que sentiu foi a alta temperatura, custo de vida, diferença na gastronomia comida e a língua. “Estranhei a primeira vez que cheguei na Ufam, pois vi que é necessário andar de carro para ir para outro lado do campus. No meu país não é assim, lá é tudo muito próximo. Já fiz amizade com várias pessoas que me perguntam como é a África e como cheguei a Manaus”, acrescentou a estudante.
Estudante do Curso da Língua
portuguesa para estrangeiro, de Cameron Chistiane Eveng.
Chistiane Eveng, lembra ainda que estudar a língua portuguesa no
Brasil é uma experiência nova para ela, embora o idioma para o qual foi selecionada
(Letras – Língua Francesa) seja muito
mais complicado. “Estou gostando do curso. As professoras são ótimas e nos dão muita
atenção. Além disso, fui muito bem recebida pela Ufam, que enviou motorista
para me pegar no aeroporto e me deixar na Casa do Estudante, logo que cheguei a
Manaus”, finalizou.
Por: Shéu Mané.
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